segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Passeio Socrático (Frei Betto)

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: ‘Não foi à aula?’ Ela respondeu: ‘Não, tenho aula à tarde’. Comemorei: ‘Que bom então de manhã você pode brincar e dormir até mais tarde’. ‘Não’, retrucou ela, ‘tenho tanta coisa de manhã…’ ‘Que tanta coisa?’, perguntei. ‘Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina’, e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: ‘Que pena, a Daniela não disse: ‘Tenho aula de meditação!’

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.

Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: ‘Como estava o defunto?’. ‘Olha uma maravilha, não tinha uma celulite!’ Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

A palavra hoje é ‘entretenimento’ ; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.

Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: ‘Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!’ O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping Center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas…

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.

Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno… Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hamburger do Mc Donald…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: ‘Estou apenas fazendo um passeio socrático.’ Diante de seus olhares espantados, explico: ‘Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:

- “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !”

Fonte: PáginasVerdes.org

Mude suas palavras

Recebi este vídeo por e-mail e achei sutil e engrandecedor!


domingo, 14 de agosto de 2011

Sacolas plásticas podem se tornar lindas ecobags

O blog americano Etsy Labs é especializado em dar dicas de artesanato e em uma delas aparece uma solução para o problema com os sacos plásticos: transformá-los em ecobags.

As sacolas plásticas estão no topo da lista dos vilões do meio ambiente. Por isso, governos e até mesmo a mídia têm investido em ações de conscientização quanto ao uso do plástico. O ideal é rejeitar essas sacolas e optar por modelos retornáveis. No entanto, muitas pessoas ainda têm centenas delas guardadas em suas casas e se perguntam o que podem fazer para impedir que o destino delas seja lixões ou aterros sanitários.

A sugestão é simples e o resultado é um material que pode ter diversas utilidades. Para isso será necessário:

- sacolas plásticas

- tesoura

- papel pergaminho, vegetal ou ofício

- ferro de passar roupas

Como fazer:

O primeiro passo para esse artesanato é separar as sacolas e alisá-las, para ficarem bem retinhas. Depois é preciso cortar o fundo e as alças, mantendo somente um retângulo de plástico. Isso deve ser feito com, no mínimo seis sacolas, mas é preciso lembrar que quanto maior a quantidade, mais resistente o material será.

Para a segunda etapa é preciso sobrepor, pelo menos três sacolas, envolvidas pelo papel pergaminho, todas elas esticadas umas sobre as outras, com as imagens para a parte de dentro. Isso é necessário para impedir que a tinta derreta e descole. Depois desses cuidados, passe o ferro de passar sobre o papel, com temperatura bem quente, para que as sacolas se fundam, formando uma única “folha”, mais grossa e resistente. Para isso, o ferro deve ser passado em ambos os lados.

A base está pronta e com ela é possível fazer ecobags, capas para notebooks e muitas outras coisas, basta costurá-la de acordo com a necessidade. A mesma técnica pode ser usada para trabalhos com retalhos, desde que as sacolas sejam dobradas em quadrados pequenos antes de serem fundidas.

Redação CicloVivo

http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/3078

Uma escola diferente - Construção Alternativa

Obras superfaturadas e desculpas de falta de verba para construção de escolas poderiam não ser mais um problema em nosso país. Na reportagem do site CICLO VIVO, veremos logo abaixo a construção de uma escola na Guatemala feita com materiais alternativos e reaproveitáveis como pneus e garrafas.
Podemos dar um novo sentido ao "jeitinho brasileiro", que sempre acaba por ter um sentido pejorativo; então por que não um "jeitinho" na busca da inovação e reaproveitamento de materiais que demorariam milhões de anos para desaparecerem do planeta?

LEIA A REPORTAGEM NA ÍNTEGRA, CLIQUE NA IMAGEM


Aprenda a fazer um cofrinho de garrafa pet


As garrafas plásticas não precisam ser descartadas desde que a criatividade seja colocada em prática. Este material pode tomar diversas formas, conforme mostrado muitas vezes pelo CicloVivo, e principalmente pode ser usado em trabalhos manuais e momentos de diversão com as crianças.

A norte-americana Martha Stewart ensinou uma técnica simples para transformar a garrafa PET em um cofrinho em formato de porco. O artesanato aplica a técnica de Upcycle e também serve para ensinar as crianças, como cuidar adequadamente das finanças.

Materiais necessários: garrafa plástica, papel colorido, tampas de garrafa, fita dupla face, cola, mola e estilete.

Como fazer: O primeiro passo é fazer a higienização da garrafa. Para isso lave-a com água quente e sabão e deixe secar. Para fazer o cofrinho no formato de porco, as garrafas ideais são as mais achatadas, pois deixarão o “animal” mais gordinho. As garrafas de outros formatos podem dar vida a outros personagens.

Os papeis coloridos devem ser cortados no formato de olhos, orelhas e nariz. Também é interessante cortar uma fita de papel para passar em volta da garrafa, dando um toque especial ao artesanato. Para colar os recortes pequenos pode ser usada cola quente ou branca. Já o recorte maior, deve ser colado com fita dupla face.

As tampinhas de garrafa serão usadas para fazer as patinhas, que também serão o apoio do cofre. As quatro “patas” devem ser coladas com cola quente, de forma simétrica.

Assim, o cofrinho já está quase pronto, basta apenas usar o estilete para fazer o recorte da abertura para a entrada de moedas e colar a mola que fará a vez de “rabinho de porco”.


Matéria na íntegra retirada do site: CICLO VIIVO acessem!

sábado, 13 de agosto de 2011

Porque sou MULHER!


No Blog Groselha News, encontrei um texto fantástico que mostra uma faceta bilateral do movimento feminista; as posturas tanto dos homens quanto das mulheres e as responsabilidades de cada um.

"Ser mulher é trabalho dobrado nessa vida..." já ouvi muito essa frase e é na pele que sinto seu peso! E hoje, diz-se que trabalho triplicado! Em sua maioria, sozinhas criamos nossos filhos, sozinhas os sustentamos financeiramente, sozinhas choramos e suportamos as injustas cobranças sociais de uma sociedade machista.
Mas me questiono... deveria mesmo ser assim? Por que dessa forma? Por que somos tratados com diferenças destoantes? Por que ganhamos muito menos que eles para executar muitas vezes o mesmo serviço? Por que ganhamos fama de volúveis enquanto eles são os garanhões?

De quem é a culpa?

Leiam mais nesse fantástico texto do Groselha News: O MACHISMO É CULPA DA BRASILEIRA?

domingo, 7 de agosto de 2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Liberdade na Internet é ameaçada por PL de Azeredo

Semana que vem o Congresso irá votar o projeto de lei de Eduardo Azeredo, que inicialmente parece ter sido constituído para combater crimes na internet, MAS no frigir dos ovos, parece que o maior crime a ser promovido no meio dessa história toda é TOLHER o internauta de sua liberdade de expressão e acesso à informação e conhecimento que não conseguimos encontrar na TV aberta, por exemplo.
Sou cadastrada no site da AVAZZ e só assim fiquei sabendo dessa votação, sempre me informam por e-mail sobre os acontecimentos que os meios de comunicação em massa deveriam fazer E NÃO FAZEM! Alguém aí ouviu falar sobre o assunto na TV nos últimos dias??? E quando ouvimos falar, é uma breve nota da qual não há continuidade do assunto.
Então, disponibilizo abaixo sites em que encontrei informações sobre tal absurdo, vocês verão também sites que fomentam o protesto dessa prática castradora dos nossos direitos e formação quanto cidadãos ativos e conscientes de nossas práticas.
SE QUEREM PONDERAR A FALTA DE ÉTICA E PRÁTICA DE CRIMES NO MUNDO VIRTUAL, DÊ-NOS UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, DÊ-NOS PROFESSORES BEM REMUNERADOS E BEM FORMADOS EM SUA FUNÇÃO, DÊ-NOS ACESSO DE VERDADE À CULTURA!
E no mais, a promoção dessa bandalheira toda é puro "cagaço" do poder que o cidadão tem descoberto ter os espaços virtuais, quando protesta, quando expõe um mal feito de uma figura pública, quando argumenta e quando se posiciona diante do mundo!
Não podemos permitir um absurdo desses!
Divulguem os sites de abaixo assinado!
Até mais!
=)


Repassem, divulguem!